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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

As marcas ficam



João era um menino que tinha como principal característica o mau temperamento. Preocupado com isso, o pai lhe deu um saco de pregos e disse que, a cada vez que perdesse a calma, deveria ir até a cerca e pregar um.
No primeiro dia, o menino pregou dezessete.
Nas semanas seguintes, começou a aprender a controlar seu temperamento, e o número de pregos foi, gradativamente, diminuindo. Descobriu que era mais fácil acalmar-se que ficar batendo pregos na cerca.
Finalmente, chegou o dia em que ele não perdeu mais a calma. Então conversou com o pai a respeito, e este sugeriu que, dali para frente, a cada vez que ele conseguisse evitar a agressividade, retirasse um prego. Os dias foram se passando, e João sentiu que estava pronto para dizer ao pai que todos os pregos haviam sido retirados.
O pai, então, pegando-o pela mão, levou-o até a cerca e disse: Você fez muito bem, meu filho.
Mas, veja os buracos que restaram na cerca. Repare que ela nunca mais será a mesma. Isso acontece porque, quando falamos alguma coisa com raiva, deixamos cicatrizes como essas. Você pode enfiar uma faca em alguém e, em seguida, retirá-la. Não importa quantas vezes você se desculpe, a marca permanece. Lembre-se de que um ferimento verbal tem a mesma força de uma agressão física.

Moral da História: Antes de falar agressivamente, ou agir movido pela raiva, pense bem. As feridas cicatrizam, mas as marcas ficam...

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