AS PENEIRAS DA SABEDORIA
Numa pequena casa de barro, um homem cuidava de sua horta no fundo do quintal. Enquanto o filho ia para a es cola, ele, todos os dias, com o mesmo carinho, dedicava-se aos seus canteiros de cou ve, alface e outras verduras lindas.
Chega o filho da escola, troca o uniforme, pega o bal de e corre em direção à horta, anunciando eufórico sua chegada. O pai fica contente de ver o filho se aproximando, não só pelo fato da grande ajuda que o filho lhe dá, mas também pela oportunidade de bater um "papo". Entre uma conversa e outra, o filho conta os fatos na escola:
- Pai, o senhor não sabe o que me contaram a respeito do Chiquinho...
- Espere um pouco. O que você vai me contar já passou pelas três peneiras, sobre as quais lhe falei na semana pas sada? - Interrompeu o pai.
- Bem, não tenho muita certeza - disse o garoto um pou co confuso.
- Vamos à primeira: a peneira da verdade. Você tem cer teza de que o fato é absolutamente verdadeiro?
- Eu não sei. Só sei que me contaram.
- Então se não tem certeza, sua história já vazou pêlos furos da primeira peneira. Vamos à segunda: a peneira da bondade. É alguma coisa que gostaria que os outros sou bessem a seu respeito?
- Claro que não.
A história acaba de se escoar pela segunda. Vamos à terceira: peneira da necessidade. Você acha que é mesmo necessário passar adiante essa história sobre o Chiquinho?
- Não, papai. O senhor tem razão. Eu não me imagino passando pelas três peneiras. Não sobraria nada desta his tória. Com a sua ajuda, vou procurar não me esquecer disso quando me referir a outras pessoas.
Moral da Historia - Você já pensou como as pessoas seriam felizes se to dos usassem as três peneiras para filtrar as histórias maldo sas, passadas adiante? Da próxima vez que ficarmos tentados a falar dos ausentes, vamos lembrar das três peneiras. Com certeza só falaremos se for algo positivo.
Veja o vídeo com os três Crivos de Sócrates
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